PM é preso com 900 kg de cocaína e mais de R$ 1 milhão em operação da PF no Guaruja SP

Um policial militar e um caseiro foram presos pela Polícia Federal com 968,69 kg de cocaína em alto grau de pureza e R$ 1.020.650 em espécie escondidos em um caminhão-baú e em uma casa de luxo em Guarujá, no litoral de São Paulo.  Eles são suspeitos de envolvimento com o narcotráfico internacional.

Ambos foram encontrados durante trabalho em conjunto de investigação da Polícia Federal em Santos, também no litoral paulista, e na Bahia. As buscas resultaram ainda na localização de pistolas de calibre restrito, um fuzil e de um compartimento secreto e seguro (bunker) sendo construído no imóvel a um quarteirão da orla do Tortuga.

O alvo Mário Márcio da Silva, de 44 anos, policial militar da reserva do Mato Grosso do Sul, foi abordado pelos agentes federais conduzindo um caminhão de pequeno porte na rua Professor Noe de Azevedo. O suspeito foi revistado e, dentro do veículo, eles encontraram centenas de tabletes de cocaína em um fundo falso no compartimento de carga.

A investigação indicava que Silva se dirigia a um imóvel na mesma rua, onde os policiais foram recebidos pelo caseiro José Oliveira da Silva, de idade não informada, e que permitiu a entrada das equipes. No local, o dinheiro foi encontrado dividido entre um quarto e o sótão. Na mesma casa estavam sinalizadores marítimos, sacos estanque, boias e balões.

s policiais ainda depararam-se com um compartimento semelhante a um bunker inacabado nos fundos da residência e que serviria para esconder os materiais ilícitos, como cinco pistolas e um fuzil que também foram encontrados. Todo o material reforçou os indícios de que ambos estavam envolvidos em um esquema de narcotráfico internacional.

A ação desarticulada visava despachar a droga para outros países por meio de navios no Porto de Santos, distante aproximadamente 15 quilômetros do local da operação. O flagrante de ambos resultou ainda no cumprimento de mandado de busca e apreensão, autorizado pela Justiça, em outras residências dos envolvidos na cidade.

O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, titular da 5ª Vara Criminal Federal em Santos, converteu a prisão de Mario em preventiva (tempo indeterminado) e de José Oliveira em temporária, válida inicialmente por 30 dias. O entendimento dele é que o aprofundamento das investigações poderá determinar a real participação do caseiro no esquema.

A Polícia Federal declarou que o caso continua sendo investigado, mas não divulgou detalhes. O advogado Bruno Rodrigues de Melo, que representa ambos, informou que não comentaria os próximos passos da defesa, que teve os pedidos negados de liberdade nas audiências de custódia, e que apenas vai se manifestar no processo.

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